SC: USUÁRIOS E FAMILIARES DO CAPS BICHO DA SEDA NA CONFERÊNCIA DE SAÚDE MENTAL

ABRINDO CAMINHO PARA UM NOVO CICLO DO SUS

“Nós fizemos a reforma sanitária que criou o SUS, mas o núcleo dele, desumanizado, medicalizado, está errado. Temos de entrar no coração deste modelo e mudar. Qual o fundamento?
Primeiro, é a promoção da saúde, e não da doença. O SUS tem de, em primeiro lugar, perguntar o que está acontecendo no cotidiano das vidas das pessoas e como eu posso interferir para torná-las mais saudáveis”.

Sergio Arouca

O desenvolvimento da referência conceitual da interface entre saúde e ambiente, com o intuito de implementar uma política de saúde ambiental, recoloca na ordem do dia a necessidade de “aprimoramento”
do atual modelo de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma que a agenda da promoção da saúde seja compreendida numa dimensão em que a construção da saúde é realizada fundamentalmente, embora não exclusivamente, fora da prática das unidades de saúde, ocorrendo nos espaços do cotidiano da vida humana, nos ambientes dos processos produtivos e na dinâmica da vida das cidades e do campo. Busca-se compreender o ambiente como um território vivo, dinâmico, reflexo de processos políticos, históricos, econômicos, sociais e culturais, onde se materializa a vida humana e a sua relação com o universo. É necessária e urgente a adoção de uma prática de saúde voltada para os determinantes e condicionantes da saúde, a partir da qual se poderia construir mais um novo ciclo do SUS.

SE NÃO QUISER ADOECER

Se não quiser adoecer – “Fale de seus sentimentos”. Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a magoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer. Então vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia.

Se não quiser adoecer – “Tome decisão”. A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer – “Busque soluções”. Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer – “Não viva de aparências”. Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre sar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso … uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer – “Aceite-se”. A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer – “Confie”. Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é faltade fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer – “Não viva sempre triste”. O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa. A pessoa alegretem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Alegria é saúde e terapia.
Dr. Dráuzio Varella

Editorial: O Começo

"Conquistas só são obtidas com lutas. Lutas só se realizam com ações. Ações só são praticadas se tivermos a ousadia de iniciá-las em algun momento"

Tudo se iniciou a partir de meados de 2009 quando iniciamos a publicação do nosso Jornal " POR DENTRO DA SAÚDE". Pensamos em torná-lo disponível utilizando mais uma ferramenta de divulgação. Estabelecemos ,então, que em um Blog poderíamos melhor compartilhar e expor nossas realizações e idéias a respeito do trabalho que realizamos. E como, no nosso ponto de vista, Saúde também se faz com Informação, eis que surgimos !!!!!!!Aqui se encontram as 2 edições de nosso jornal, e aos poucos, estaremos postando nossas atividades, projetos e pensamentos. Portanto, é só acompanhar!!!!

AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Afinal , como podemos entender o que seja Saúde? Como podemos ter essa tão almejada Saúde?
Vemos a todo o momento que a presença do ser humano é constante nas diversas ações desenvolvidas a favor da saúde...E que máquinas não podem gerar saúde....São instrumentos que nos auxiliam a combater as doenças......sòmente .........E, na maioria das vezes, elas são até dispensáveis....Então, porque não agirmos como seres humanos que somos ...Porque não deixarmos de agir como máquinas que não somos.Porque não ouvir nosso semelhante....Porque não dar a eles nossas mãos e oferecer o carinho que buscam...Porque não compartilhar a sua dor e suas queixas......Se somos seres humanos,como eles, temos sentimentos como eles.....Não somos só um corpo que funciona como máquinas onde vários processos químicos ocorrem,onde convivemos com um bombear de sangue ininterrupto e onde se pode ligar ou desligar usando apenas um botão......Choramos.....Sofremos.....Mas também nos alegramos, sorrimos e buscamos o tempo todo a felicidade!Como sabemos, os problemas de saúde, na maioria das vezes, surgem por situações de descontroles emocionais, de desencantos sofridos, de abandonos ocorridos e de muitas situações de perdas que são inerentes ao ser humano.Isso acarreta desequilíbrios nessa engrenagem humana, de sistemas onde milhares de células coabitam,produzindo as "doenças "Mas........muitas vezes, basta tão sòmente ouvir e ser amigo,orientar condutas simples de serem executadas para que seja solucionado o problema que aflige esse nosso semelhante.Outras vezes os problemas surgem por falta de conhecimento.É hora de orientar nossos irmãos.Se temos o privilégio do conhecimento, este não é para ser egoísticamente “trancafiado a sete chaves” por nós, e sim para ser disseminado....Lembrem-se :“Nunca cobre um posicionamento a respeito de qualquer coisa de pessoas que desconhecem tudo.”Vamos deixar de ser profissionais da doença,para sermos profissionais da saúde.Deixemos de ver nossos pacientes como números inscritos em frias papeletas,para vê-los como seres humanos que inclusive..... são eles que pagam os nossos salários.Profissionais que exercitem os dons da solidariedade , do bem querer , da mansidão, e principalmente do amor, tem condições de reverter esse quadro de falta de HUMANIZAÇÃO na Saúde.É urgente fazer da saúde algo que todos tenham direito de fato, cumprindo, não o que estabelece nossa Constituição......Mas o que DEVE mandar nossa CONSCIÊNCIA !!!

Dra.Maria Aparecida S. Vaz

UMA REFLEXÃO IMPORTANTE

Uma das dificuldades de incorporação à Política atual dos SUS ainda é o conceito de intersetorialidade onde o processo saúde/doença estaria ligado também ao trabalho exercido pelo indivíduo , ao saneamento ou melhor à falta dele, ao seu lazer, sua cultura, sua condição econômica, etc. Cabe à saúde um papel muito maior que apenas ofertar a assistência que se vê atualmente na maioria dos municípios . A discussão com diferentes setores para implementação de ações que privilegiem uma melhor qualidade de vida ao cidadão deve perpassar pelo olhar crítico daqueles que respondem pela saúde de uma população e que não deve ter representação somente nas Secretarias de Saúde.Pensando nisso, estamos trabalhando com Projetos que apontem para essa Intersetoralidade e que levem a um conhecimento maior das comunidades, de suas dificuldades e anseios.
Dra. Maria Aparecida S. Vaz

24 de abril de 2010

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